sexta-feira, abril 26, 2013
Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos
sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de
alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto
evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer
que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido
ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se
divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma
fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo
que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo
aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não
está só triste.
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Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças
conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar
com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como
ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que
ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de
neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e
polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas
tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e
o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá
dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas
e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do
outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro.
Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no
clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de
que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este
tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de
baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um
deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o
psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com
que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.
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Como é?
Como é?
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de
tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação
corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário
um grupo de sintomas centrais:
• Perda de energia ou interesse
• Humor deprimido
• Dificuldade de concentração
• Alterações do apetite e do sono
• Lentificação das atividades físicas e mentais
• Sentimento de pesar ou fracasso
• Humor deprimido
• Dificuldade de concentração
• Alterações do apetite e do sono
• Lentificação das atividades físicas e mentais
• Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro
Outros sintomas...
que podem vir associados aos sintomas centrais são:
• Pessimismo
• Dificuldade de tomar decisões
• Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
• Irritabilidade ou impaciência
• Inquietação
• Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
• Chorar à-toa
• Dificuldade para chorar
• Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
• Dificuldade de terminar as coisas que começou
• Sentimento de pena de si mesmo
• Persistência de pensamentos negativos
• Queixas freqüentes
• Sentimentos de culpa injustificáveis
• Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual
• Dificuldade de tomar decisões
• Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
• Irritabilidade ou impaciência
• Inquietação
• Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
• Chorar à-toa
• Dificuldade para chorar
• Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
• Dificuldade de terminar as coisas que começou
• Sentimento de pena de si mesmo
• Persistência de pensamentos negativos
• Queixas freqüentes
• Sentimentos de culpa injustificáveis
• Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual
Depressão e doenças...
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Cardíacas:
Os sintomas depressivos apesar de muito comuns são pouco detectados nos
pacientes de atendimento em outras especialidades, o que permite o
desenvolvimento e prolongamento desse problema comprometendo a qualidade de
vida do indivíduo e sua recuperação. Anteriormente estudos associaram o fumo, a
vida sedentária, obesidade, ao maior risco de doença cardíaca. Agora, pelas
mesmas técnicas, associa-se sintoma depressivo com maior risco de desenvolver
doenças cardíacas. A doença cardíaca mais envolvida com os sintomas depressivos
é o infarto do miocárdio. Também não se pode concluir apressadamente que
depressão provoca infarto, não é assim. Nem todo obeso, fumante ou sedentário
enfarta. Essas pessoas enfartam mais que as pessoas fora desse grupo, mas a incidência
não é de 100%. Da mesma forma, a depressão aumenta o risco de infarto, mas numa
parte dos pacientes. Está sendo investigado.
Câncer
A depressão costuma atingir 15 a 25%
dos pacientes com câncer. As pessoas e os familiares que encaram um diagnóstico
de câncer experimentarão uma variedade de emoções, estresses e aborrecimentos.
O medo da morte, a interrupção dos planos de vida, perda da auto-estima e
mudanças da imagem corporal, mudanças no estilo social e financeiro são
questões fortes o bastante para justificarem desânimo e tristeza. O limite a
partir de qual se deve usar antidepressivos não é claro, dependerá da
experiência de cada psiquiatra. A princípio sempre que o paciente apresente um
conjunto de sintomas depressivos semelhante ao conjunto de sintomas que os
pacientes deprimidos sem câncer apresentam, deverá ser o ponto a partir do qual
se deve entrar com medicações.
Existem alguns mitos sobre o câncer e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são deprimidos". A depressão em quem tem câncer é normal, o tratamento da depressão no paciente com câncer é ineficaz. A tristeza e o pesar são sentimentos normais para uma pessoa que teve conhecimento da doença. Questões como a resposta ao tratamento, o tempo de sobrevida e o índice de cura entre pacientes com câncer com ou sem depressão estão sendo mais enfocadas do que a investigação das melhores técnicas para tratamento da depressão.
Existem alguns mitos sobre o câncer e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são deprimidos". A depressão em quem tem câncer é normal, o tratamento da depressão no paciente com câncer é ineficaz. A tristeza e o pesar são sentimentos normais para uma pessoa que teve conhecimento da doença. Questões como a resposta ao tratamento, o tempo de sobrevida e o índice de cura entre pacientes com câncer com ou sem depressão estão sendo mais enfocadas do que a investigação das melhores técnicas para tratamento da depressão.
Identificação da Depressão
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele
sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer
ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo
contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos
inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se
culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na
família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem
pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para
que possamos dizer que o paciente está deprimido.
Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais
provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis
pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada
eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não
exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a
pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado,
o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis.
Exemplos de eventos estressantes são perda de
pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença
grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o
suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda
é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito
estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o
ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é
fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os
gêmeos não idênticos.
Marcadores:Beleza e saúde,Dicas,Variedades
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